O Metrô do Rio de Janeiro parou no tempo, não foi expandido e novas linhas não foram construídas. Resultado? Superlotação!
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segunda-feira, 20 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Ouvidoria do Metrô Conversou com o Blog
Alguns pontos polêmicos e misteriosos sobre a expansão do Metrô Rio foram conversados por email com a ouvidoria do Metrô do Rio de Janeiro.
Linha 1
As obras de expansão para a Estação Rua Uruguai começarão no primeiro semestre de 2010. A previsão de conclusão é julho de 2014.
Não há previsão da construção da Estação Morro de São João.
Linha 2
- Não há previsão do término da Linha 2.
Linha 3
- Obras da construção das 14 estações devem começar ainda em 2009. A previsão de conclusão é 2013.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Metrô do Rio é o Único do Mundo que Fica Engarrafado
Na música "Aquele abraço", Gilberto Gil canta que "o Rio de Janeiro continua sendo...". A cidade continua realmente sendo um oásis de peculiaridades. Além de paisagens de beleza sem igual, é a única no mundo que consegue a façanha de dispor de um metrô que... fica engarrafado. E não é por excesso de trem nas estações. A distinção carioca ocorre em três linhas - Botafogo/Gávea, Siqueira Campos/Gávea e Siqueira Campos/Barra - nas quais os passageiros são transportados de ônibus e não em trens sobre trilhos.
Joubert Flores, diretor de Relações Institucionais do Metrô Rio - concessionária que administra as linhas 1 (Saens Peña/Cantagalo) e 2 (Pavuna/Estácio) - admite que o transporte por ônibus não é o ideal, mas é melhor que não ter opção alguma. As linhas do chamado Metrô de Superfície (Botafogo/Gávea e Siqueira Campos/Gávea), que começaram a operar respectivamente em 2001 e 2003, transportam em média 28 mil passageiros por dia.
"Sabemos que o transporte por ônibus não é a melhor alternativa. Mas demos a essas pessoas uma opção que elas não tinham. Os ônibus do Metrô de Superfície são mais confortáveis, o ar-condicionado é regulado, e eles só param em pontos especiais, onde seriam as estações. Isso agiliza a viagem. Temos 30 ônibus em operação e mais dez de stand by para tentar minimizar os problemas de horário nas viagens", disse Flores.
"Em quase 30 anos, o que a gente vê é o metrô avançando na velocidade de uma charrete. Já viajei bastante para o exterior e nunca vi ônibus sendo chamado de metrô. Isso é mais fruto do jeitinho brasileiro, das coisas que deveriam ser provisórias, mas que, quando a gente vê, já estão incorporada como definitivo. O Metrô de Superfície é uma espécie de CPMF do transporte", reclamou a usuária, que diz que fica deprimida quando pega engarrafamento dentro do ônibus do Metrô Barra. "Tenho a impressão que estou vivendo na idade de pedra, em que o metrô não anda. Pára".
Engenheiro responsável pelo projeto do metrô no Rio, Fernando MacDowell diz que o Metrô de Superfície é uma aberração. Ele fica indignado quando lembra que o metrô, que deveria ajudar a aliviar o trânsito nas ruas, acaba contribuindo com mais ônibus circulando.
"Só no Rio acontece um negócio desses. O estrangeiro que chega aqui não entende nada. O cara procura o metrô e acha uma linha de ônibus. O transporte que era para ser mais ágil e fica preso no engarrafamento. É uma loucura, é falta de investimento no transporte público, uma piada. E olha que dizem que tem coisas que só acontecem com o time do Botafogo", reclamou o engenheiro.
Para o professor Walter Porto Junior, da Coordenação de Programa de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o impacto dos ônibus do Metrô de Superfície e do Metrô Barra no trânsito é até positivo. Segundo ele, essas linhas transportam gente que normalmente usaria o carro para sair de casa.
"Acho que falta planejamento para integrar os vários tipos de transporte para melhorar a fluidez no trânsito. Se construir metrô com trilhos é muito caro, poderia se adotar o sistema de ônibus articulados em pistas exclusivas, como acontece em Curitiba. Seria uma espécie de pré-metrô", disse o professor.
"É inadmissível que as autoridades não se empenhem para resolver o problema. Soluções técnicas existem. O metrô tem quatro linhas planejadas e projetos de expansão. O metrô deveria ter quatro linhas sendo alimentadas por ônibus e não colocar mais ônibus na rua para atender a população", disse o professor Hostílio.
Em simpósio realizado em julho, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, disse que a construção da linha 4 (Gávea/Barra) é uma prioridade do governo. E que a secretaria está empenhada em fazê-la sair do papel, assim como a linha 3 (Praça XV/Niterói/São Gonçalo).
Fonte: G1, no Rio, Alba Valéria Mendonça.
Ônibus Em Vez de Metrô
Ou seja, o anda-e-pára que em qualquer outro sistema de metrô do mundo ocorre apenas nas estações, para embarque e desembarque de passageiros, no Rio se dá ao longo de todo o trajeto dessas três linhas. Elas padecem dos humores do tráfego como qualquer transporte rodoviário: sinais de trânsito, acidentes nas ruas (batidas e atropelamentos), engarrafamentos em portas de escolas, vias alagadas em dias de chuva. Tudo contribui para atrasar a viagem sobre o asfalto.Joubert Flores, diretor de Relações Institucionais do Metrô Rio - concessionária que administra as linhas 1 (Saens Peña/Cantagalo) e 2 (Pavuna/Estácio) - admite que o transporte por ônibus não é o ideal, mas é melhor que não ter opção alguma. As linhas do chamado Metrô de Superfície (Botafogo/Gávea e Siqueira Campos/Gávea), que começaram a operar respectivamente em 2001 e 2003, transportam em média 28 mil passageiros por dia.
"Sabemos que o transporte por ônibus não é a melhor alternativa. Mas demos a essas pessoas uma opção que elas não tinham. Os ônibus do Metrô de Superfície são mais confortáveis, o ar-condicionado é regulado, e eles só param em pontos especiais, onde seriam as estações. Isso agiliza a viagem. Temos 30 ônibus em operação e mais dez de stand by para tentar minimizar os problemas de horário nas viagens", disse Flores.
Sobre trilhos, percurso teria sete minutos
O diretor calcula que se o deslocamento nas linhas da Gávea fosse feito sobre trilhos, o tempo médio da viagem seria de sete minutos. Em geral, o trajeto de ônibus que nas linhas Botafogo/Gávea é feito em 30 minutos e o Siqueira Campos/Gávea, em 35 minutos.Já o percurso entre da Linha 1 (Saens Peña/Cantagalo) é feito em 25 minutos e o da Linha 2 (Pavuna/Estácio), em 33 minutos. Sem falar no limite de capacidade, que nos ônibus é de 70 pessoas, enquanto que com trens de seis vagões seria possível transportar 1.800 passageiros.
O estudante universitário Flávio Ferreira, que mora em Laranjeiras, na Zona Sul, não vê muita diferença entre ir para a faculdade, na Gávea, na Zona Sul, de ônibus convencional ou no Metrô de Superfície.
"O Metrô de Superfície é mais confortável. Mas enfrenta os mesmos problemas de trânsito e, como qualquer ônibus, fica preso nos engarrafamento em Botafogo e no Jardim Botânico. Sem falar que nos horários de pico, o embarque é mais demorado nos pontos, e a gente enfrenta a maior fila. Com o metrô de verdade até valeria a pena pagar mais pela passagem", ponderou Ferreira, acrescentando que o bilhete do metrô é R$ 0,50 mais caro que a tarifa do ônibus convencional sem ar-condicionado.
O suplício não é menor no Metrô Barra, linha especial iniciada em fevereiro de 2007, que vai da estação Siqueira Campos (Copacabana) até o Terminal Alvorada. A linha especial concedida pela prefeitura foi criada para facilitar os deslocamentos durante os jogos do Pan. Mas como está funcionando bem - transporta 7 mil passageiros por dia - teve a concessão estendida. Flores ressalta que ela não substitui o trajeto original da linha 4, prevista para ligar a Gávea à Barra da Tijuca.
"O Metrô de Superfície é mais confortável. Mas enfrenta os mesmos problemas de trânsito e, como qualquer ônibus, fica preso nos engarrafamento em Botafogo e no Jardim Botânico. Sem falar que nos horários de pico, o embarque é mais demorado nos pontos, e a gente enfrenta a maior fila. Com o metrô de verdade até valeria a pena pagar mais pela passagem", ponderou Ferreira, acrescentando que o bilhete do metrô é R$ 0,50 mais caro que a tarifa do ônibus convencional sem ar-condicionado.
O suplício não é menor no Metrô Barra, linha especial iniciada em fevereiro de 2007, que vai da estação Siqueira Campos (Copacabana) até o Terminal Alvorada. A linha especial concedida pela prefeitura foi criada para facilitar os deslocamentos durante os jogos do Pan. Mas como está funcionando bem - transporta 7 mil passageiros por dia - teve a concessão estendida. Flores ressalta que ela não substitui o trajeto original da linha 4, prevista para ligar a Gávea à Barra da Tijuca.
Expansão lenta
A funcionária pública Maria do Carmo Teixeira, que mora na Tijuca, na Zona Norte, lembra com satisfação do início do metrô - que foi inaugurado em 1979 - quando era possível ir em 20 minutos da Tijuca, na Zona Norte, a Botafogo, na Zona Sul. A impressão que tinha é que o metrô ia tomar conta da cidade na mesma velocidade."Em quase 30 anos, o que a gente vê é o metrô avançando na velocidade de uma charrete. Já viajei bastante para o exterior e nunca vi ônibus sendo chamado de metrô. Isso é mais fruto do jeitinho brasileiro, das coisas que deveriam ser provisórias, mas que, quando a gente vê, já estão incorporada como definitivo. O Metrô de Superfície é uma espécie de CPMF do transporte", reclamou a usuária, que diz que fica deprimida quando pega engarrafamento dentro do ônibus do Metrô Barra. "Tenho a impressão que estou vivendo na idade de pedra, em que o metrô não anda. Pára".
Engenheiro responsável pelo projeto do metrô no Rio, Fernando MacDowell diz que o Metrô de Superfície é uma aberração. Ele fica indignado quando lembra que o metrô, que deveria ajudar a aliviar o trânsito nas ruas, acaba contribuindo com mais ônibus circulando.
"Só no Rio acontece um negócio desses. O estrangeiro que chega aqui não entende nada. O cara procura o metrô e acha uma linha de ônibus. O transporte que era para ser mais ágil e fica preso no engarrafamento. É uma loucura, é falta de investimento no transporte público, uma piada. E olha que dizem que tem coisas que só acontecem com o time do Botafogo", reclamou o engenheiro.
Para o professor Walter Porto Junior, da Coordenação de Programa de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o impacto dos ônibus do Metrô de Superfície e do Metrô Barra no trânsito é até positivo. Segundo ele, essas linhas transportam gente que normalmente usaria o carro para sair de casa.
"Acho que falta planejamento para integrar os vários tipos de transporte para melhorar a fluidez no trânsito. Se construir metrô com trilhos é muito caro, poderia se adotar o sistema de ônibus articulados em pistas exclusivas, como acontece em Curitiba. Seria uma espécie de pré-metrô", disse o professor.
Medidas paliativas como solução definitiva
Já o professor Hostílio Xavier Ratton Neto, também da Coppe, lamenta que o metrô - que tem entre suas características a velocidade no deslocamento - no Rio caminhe a passos de cágado. Ele também lamenta que medidas paliativas como o Metrô de Superfície sejam postergadas como solução definitiva."É inadmissível que as autoridades não se empenhem para resolver o problema. Soluções técnicas existem. O metrô tem quatro linhas planejadas e projetos de expansão. O metrô deveria ter quatro linhas sendo alimentadas por ônibus e não colocar mais ônibus na rua para atender a população", disse o professor Hostílio.
Em simpósio realizado em julho, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, disse que a construção da linha 4 (Gávea/Barra) é uma prioridade do governo. E que a secretaria está empenhada em fazê-la sair do papel, assim como a linha 3 (Praça XV/Niterói/São Gonçalo).
Fonte: G1, no Rio, Alba Valéria Mendonça.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Revolução no Metrô de Madrid
Madrid reformou por completo sua mais importante estação de metrô, a Sol, localizada no bairro da Puerta del Sol, ponto central do centro financeiro e comercial da capital espanhola. Todo dia passam por ali milhares e milhares de pessoas.
A grande novidade, além da nova arquitetura, é que os trens suburbanos (Trenes de Cercanías), que antes paravam na Estação Atocha (de trens e metrô), chegam agora até o coração de Madrid. O custo total da obra foi de 570 milhões de Euros.
"Nova" Estação Sol
A nova Estação Sol é agora a maior caverna artificial do mundo. São 207 metros de comprimento por 20 de largura e 15 de altura. Foi inaugurada no último 27 de Junho.A grande novidade, além da nova arquitetura, é que os trens suburbanos (Trenes de Cercanías), que antes paravam na Estação Atocha (de trens e metrô), chegam agora até o coração de Madrid. O custo total da obra foi de 570 milhões de Euros.
A Estação Sol ganhou esteiras, galerias, delegacia e até um museu arqueológico!
Madrid tem 13 linhas de metrô e 3 de metrô rápido, além de uma ampla rede de trens para cidades próximas à capital. Além do poder de locomoção que a cidade oferece, é confortável andar de metrô e trem lá. Não preciso nem dizer que as duas estações de trem e trem bala e o aeroporto internacional estão conectados a esta ampla rede de metrô.
Enquanto isso, o Rio de Janeiro não consegue nem terminar suas duas linhas originais de metrô.
Madrid compete com o Rio de Janeiro (e Chicago e Tóquio) para sediar a Olimpíada de 2016
Madrid tem 13 linhas de metrô e 3 de metrô rápido, além de uma ampla rede de trens para cidades próximas à capital. Além do poder de locomoção que a cidade oferece, é confortável andar de metrô e trem lá. Não preciso nem dizer que as duas estações de trem e trem bala e o aeroporto internacional estão conectados a esta ampla rede de metrô.
Enquanto isso, o Rio de Janeiro não consegue nem terminar suas duas linhas originais de metrô.
Madrid compete com o Rio de Janeiro (e Chicago e Tóquio) para sediar a Olimpíada de 2016
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Zé Sardinha Protestou na Estação Carioca em 2009
Quem anda de metrô no Rio de Janeiro sabe que é desconfortável, com muitas filas, muito calor. O metrô é um risco desnecessário ao seu usuário, que não tem a quem recorrer. A cada dia, há menos funcionários nas estações, que diminuiu seus custos para aumentar seus lucros. A segurança está em último lugar e piora na hora do rush.
Na quinta-feira, foi denunciado um grave acidente envolvendo as obras de construção da Linha 1A.
Zé Sardinha Denuncia Acidente nas Obras da Linha 1A
Segundo Zé Sardinha: "Uma parte significativa do teto das vias de garagem (vias onde ficam guardados os trens quando estão no Centro de Manutenção) desabou sobre trabalhadores que estavam no local. Ainda não é possível determinar com precisão os motivos do desabamento, porém no local do acidente há máquinas pesadas e homens que, por informações preliminares, estavam efetuando uma demolição prevista para a alteração das vias e a construção dessa linha variante. É possível que o ocorrido tenha sido motivado pela execução dessas obras, uma vez que, como denunciado inúmeras vezes pelo Sindicato dos Metroviários, o Centro de Manutenção, com toda a sua complexidade, não está preparado para oferecer segurança neste tipo de obra, e muito menos oferecerá segurança adequada para a operação comercial do metrô. É importante asseverar que este acidente anunciado nada mais é do que a falta de responsabilidade da empresa com a vida de seus trabalhadores. Não custa lembrar que em fevereiro passado ocorreu a morte de um trabalhador durante a execução de serviço no leito da via na linha 2".
Protesto de Zé Sardinha
Zé Sardinha protestou. Em nome dos usuários do sistema e dos metroviários.
O superlotamento das estações está diretamente relacionado ao fato do Rio ter quase que em sua totalidade uma única linha reta (com exceção das três estações da Tijuca). Enquanto novas linhas não saem do papel, o governador ainda sonha em ampliar a única linha existente até a Barra da Tijuca! Pior política impossível! Zé Sardinha vai ainda mais espremido!
sábado, 4 de julho de 2009
Cadê a Estação Rua Uruguai?
A Estação Rua Uruguai faz parte do projeto original do metrô carioca, prevista desde os anos 1960. Suas obras começaram na década seguinte mas ela nunca ficou pronta.