O Governo Estadual anunciou meses atrás que o tatuzão que vai perfurar o trecho Ipanema - Gávea, via Leblon, até 2015, será utilizado para escavar o trecho Gávea - Centro, via Jardim Botânico, Humaitá, Botafogo e Laranjeiras, a partir de 2016.
Trecho Gávea - Humaitá É Complicado
O trecho Gávea - Humaitá não é tão simples de ser feito. A natureza que encanta a "cidade maravilhosa" pede atenção e precisa ser preservada. Temos que lembrar que o Jardim Botânico e o Horto, abrigam centenas de árvores centenárias, algumas raras e em extinção, e mantém a biodiversidade da mata-atlântica e região. É também através destes bairros, que diversos córregos e rios descem da Floresta da Tijuca em direção à Lagoa Rodrigo de Freitas, e posteriormente às praias de Leblon e Ipanema.
Estação Gávea Rebaixada
A Estação Gávea foi rebaixada (a 40 metros de profundidade) porque acharam pedras lá no fundo. Escavar metrô em rocha torna o trabalho muito mais fácil. A previsão da profundidade do túnel sob a Rua Jardim
Botânico está na faixa de 40 a 50 metros, o que não
deve afetar os lençóis freáticos. Esperamos que a Estação Gávea já deixe rabichos próprios para
que se possa iniciar a obra em 2016.
Outro problema para os moradores da Zona Sul é como o túnel do metrô será escavado até chegar à Rua Jardim Botânico. A previsão é de muito trânsito e uma possível interdição da Rua Marquês de São Vicente, pois devido aos prédios colados à rua, terá que escavar o túnel a céu aberto.
Projeto da Linha 4 na Zona Sul
A ideia do metrô é sair da PUC, fazer uma curva para a Rua Marquês de São Vicente e seguir por baixo da Rua Jardim Botânico em grande profundidade para não afetar nenhum lençol freático, rios, córregos, lagoa, prédios, raízes de árvores, etc. Os túneis produzidos pelo tatuzão são totalmente lacrados não permitindo que nenhuma água passe através dele.
Uma das desculpas utilizadas pelo Consórcio Rio Barra para mudar a Estação Gávea de duas plataformas em dois andares para duas plataformas paralelas é evitar o desvio do Rio Rainha. O Movimento Linha 4 Que o Rio Precisa já tinha alertado o consórcio que teriam que mudar o curso do rio. Como a expansão do metrô do Rio de Janeiro é trabalhada sem projeto ou mapas, eles tinham ignorado o aviso até encontrarem a passagem do rio.