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sábado, 26 de junho de 2010

Mais Repercussão da Palestra do Metrô

A difícil decisão sobre o traçado do metrô na Zona Sul - Mais um capítulo !


Reunião das Associações de Moradores

Na noite da última terça-feira, dia 22 de junho, as Associações de Moradores da Zona Sul e da Barra da Tijuca compareceram a reunião "Metrô para a Barra", realizada em um Auditório no Leblon. O encontro foi com Bento José de Lima, diretor da engenharia da Rio Trilhos, e contava com a participação de alguns técnicos da Rio Trilhos e da empresa que executará as obras do metrô para a Barra.


Túnel Começa a Ser Perfurado

Mais uma vez, apesar de anunciar o início de fato das obras na Barra no próximo dia 26 de junho, sábado, com o começo da perfuração do túnel em direção a São Conrado, no paredão rochoso defronte as pontes que ligam a Estrada Velha da Barra à Avenida Armando Lombardi, o Governo do Estado, por meio do diretor de engenharia da Rio Trilhos, alega que o traçado do metrô na Zona Sul continua indefinido.


Como Será o Metrô para a Barra?

Como será o metrô para a Barra? Onde conectarão o metrô na linha 1? De que forma isso ocorrerá? Que linha será realmente feita? Qual o traçado e as estações que serão construídas? Onde estas estações ficarão? Todas estas perguntas continuaram sem resposta.

De concreto, apenas o anuncio de que as primeiras sondagens do terreno no Leblon apontaram que a região próxima ao Largo da Memória / Hospital Miguel Couto / Praça Sibélius - na verdade, as duas margens do Canal da Rua Visconde de Albuquerque - possuem solo extremamente frágil, até com vegetação em decomposição, e isso parece ser um indicador de que as obras de engenharia no local seriam muito caras e difíceis de serem realizadas.


Extensão da Linha 1 e Integração com Ônibus

Estas complicações levaram então a possibilidade de se prolongar a Linha 1 do metrô no Leblon em direção ao maçiço do Dois Irmãos e posteriormente a São Conrado, evitando assim a curva da linha em direção a Gávea e deslocando a estação Leblon do Largo da Memória para a praça Antero de Quental.

Outro anuncio foi de que na Barra, a Estação Jardim Oceânico terá a vizinhança de um terminal rodoviário para alocação dos ônibus que farão a integração com o metrô. Esta não é uma proposta nova, mas ganha força quando a Rio Trilhos diz que está estudando as adequações no entorno, projetando o acesso ao terminal pelas pistas de parte da Via Parque, junto ao Shopping Downtown.

Entretanto, por não haver hoje ligação entre as duas margens do canal de Marapendi naquele local, por esta proposta, será inevitável a construção de uma nova ponte ligando a área do Motel as pistas no fundo do Downtown.


Equivocadamente erram nas duas propostas

Abandonam a ideia de uma linha 1 circular, conectando-a no futuro à Estação Uruguai e Estação Saens Peña e fechando o anel da linha 1. Ao invés disso preferem prolongar a linha 1 que atenderá Ipanema e Leblon, para a Barra da Tijuca. E insistem num terminal rodoviário junto a uma estação projetada inicialmente como de pequeno porte, rejeitando-se assim a possibilidade de extensão imediata da linha de metrô em parte considerável da Barra da Tijuca, até Alvorada, local ideal para a maior estação do bairro, com amplo espaço para integrá-la a um terminal rodoviário já existente e ampliando as possibilidades com integração junto aos 2 corredores de BRTs da Prefeitura para lá projetados.

Só a mobilização de toda a Sociedade reverterá estes equívocos.

Ao lado, alguns mapas da rede atual e as possibilidades que se desenham para o metrô para a Barra:

Um destes traçados, independente se será o melhor ou não, é o que será construído na Cidade.
Por Ricardo Lafayette.


Comentário do Blog

O Governo Sérgio Cabral tenta destruir o Metrô do Rio de Janeiro, antigo orgulho dos cariocas. A construção da Linha 1A em substituição à conclusão da Linha 2 foi uma catástrofe.

Não satisfeito, seu governo quer destruir toda a rede metroviária de uma vez. As linhas de metrô devem ser separadas com alguns pontos de interseção para que baldeações possam ser feitas. É assim em todo lugar do mundo e é opinião unânime entre todos os engenheiros de transportes.

As Linhas 1 e 4 devem ser separadas. Três pontos de junção devem servir de interseção (baldeação) entre estas duas linhas: Estação Gávea, Estação Botafogo (ou Estação Morro de São João) e Estação Carioca.

Neste primeiro momento, deve-se respeitar o projeto licitado em 1998. O metrô passaria por Barra da Tijuca, São Conrado, Gávea, Jardim Botânico, Humaitá e Botafogo. Assim, no futuro, a Linha 1 circular poderia ser concluída, a Linha 4 poderia ser expandida para Laranjeiras e Centro numa direção; e na outra para a Alvorada.

É mais simples, é mais útil, evita superlotação e as desculpas do governo de que o preço da passagem terá que ser o triplo é uma grande farsa para se fazer uma obra muito mais cara e desnecessária.

6 comentários:

  1. Creio que a decisão política de insistir no trecho Ipanema-Leblon, "esquecendo" o projeto original da linha 4, por uma serie de razoes, já foi tomada. Resta ao publico lutar pelo fechamento do anel da linha 1. O importante, nesse caso, seria prevenir a hipótese aberrante do linhao (ligação direta sem baldeação na Gavea). Isso seria uma tragédia para todo o sistema, que ficaria irremediavelmente comprometido por decadas. A população tem de se mobilizar contra esse crime.

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  2. Não conheço a fundo o sistema de transporte da cidade, mas posso falar pelo que conheço. Moro no Humaitá e meu sonho era de que as estações do Metrô na Superfície (o único metrô do mundo que pega congestionamento) seriam as futuras estações do anel da linha 1, ou talvez uma nova linha. Já vi que isso não acontecerá. O fato é que Botafogo é bairro de passagem e quanto mais carros do bairro puderem ser deixados em casa, melhor para todos. Mas infelizmente, como todo governo, eles governam para eles próprios, e não para o povo...

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  3. Marcos, não podemos desistir. As estações do ônibus do metrô em Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico e Gávea são sim as futuras estações de metrô da Linha 4, licitada em 1998.

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  4. Parabéns Miguel.
    Só o engajamento de TODA a Sociedade nesta discussão pode reverter o olhar apenas "econômico" que o Governo do Estado tem no metrô.
    Não podemos aceitar mais gambiarras e alterações eleitoreiras. Metrô é coisa séria e devem ser respeitados os opinamentos de técnicos, engenheiros, Associações de Moradores e da população como um todo, representada em diversas entidades.
    Abraço,
    Ricardo Lafayette.

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