sábado, 28 de abril de 2012

Trem Rio - Petrópolis

A linha de ferro que unia o Rio de Janeiro a Petrópolis tinha o nome de Ferrovia Príncipe do Grã-Pará e foi inaugurada em 19 de Fevererio de 1883 e desativada em 1964.

Em 2009, o projeto de lei 2736/2009 do Deputado João Pedro deseja recuperar a linha férrea e fazer o trajeto entre as duas cidades em 80 minutos. A reinauguração da linha tem interesses turísticos e econômicos para a Região Serrana. Em 2010, A ALERJ declarou ser a favor da obras e o Governador Sérgio Cabral ficou de avaliar a proposta.

O orçamento para a obra gira em torno de R$ 70 milhões. Se isso sair do papel, que não seja uma simples extensão da Supervia até lá. Que sejam trens confortáveis entre a Leopoldina e Petrópolis, com direito a vagão restaurante e uma futura ligação com o metrô (linha 5?).

É claro que o projeto não andou, afinal Sérgio Cabral, que já destruiu o metrô do Rio e anda de helicóptero, não tem interesse que a população de seu estado se desloque com conforto.

Curiosidades:
* A linha férrea, na verdade não terminava em Petrópolis. Ela ia até Três Rios.
* Um pequeno trecho desta linha é o caminho de ferro mais antigo do Brasil. O trecho que unia o Porto de Mauá (Guia de Pacobaíba) à estação de Raíz da Serra (Vila Ihomerim) foi construído em 1854.
* O trecho entre Raíz da Serra e a estação de Piabetá foi incorporada pela Estara de Ferro Príncipe do Grão Pará, que alongou a linha até Petrópolis e Areal entre 1883 e 1886.
* A ligação entre a estação São Francisco Xavier e Piabetá foi feita entre 1886 e 1888 pela Estrada de Ferro Norte, que depois foi vendida para a R. J. Northern Railway.
* No final da década de 1890, os trens começaram a partir do Rio da estação Leopoldina, que assumiu o controle da linha inteira.
* A ligação entre Areal e Três Rios foi concluída em 1900.
* Em 1926, a linha foi estendida até a estação Barão de Mauá, inaugurada no mesmo ano, eliminando a baldeação que era feita na estação São Francisco Xavier.
* Hoje, o trem metropolitano da Supervia vai somente até Guapimirim.

Extensões e outras Linhas:
* Seria interessante termos trens entre Petrópolis e Teresópolis; Teresópolis e Nova Friburgo; Nova Friburgo e Itaboraí; Itaboraí e Magé; Rio de Janeiro e Angra dos Reis; etc.
* E a Linha 3 do Metrô?

Fotos:
* A primeira foto é da chegada do trem em Petrópolis.
* A segunda foto é da estação de trem de Três Rios (antiga Entre Rios).
* A última foto é do trajeto entre Rio e Petrópolis.

sábado, 21 de abril de 2012

Segue a Polêmica sobre a Linha 4

O Estado do Rio pode até construir a Linha 4 do jeito que quer. Mas até lá, vai ouvir muita reclamação e sentir os protestos de moradores e políticos.

Os Pontos Polêmicos:
1) Mudança da Linha 4 Original para a Linha 4 em construção:
Por que?

2) Linhão x Linha Independente:
A Linha 4 original previa que seu início fosse na Estação Carioca e seu fim na Estação Alvorada. Em 1997, parte deste trajeto foi licitado. Teríamos a Estação Morro de São João, Estação Largo dos Leões, Estação Humaitá, Estação PUC, Estação São Conrado e Estação Jardim Oceânico. O Governo Sérgio Cabral preferiu estender a Linha 1 fazendo a Estação General Osório 2, Estação Praça Nossa Senhora da Paz, Estação Jardim de Alah, Estação Praça Antero de Quental, Estação Gávea, Estação São Conrado e Estação Jardim Oceânico.

3) Estação Gávea em Dois Níveis:
O governo chegou a anunciar que nem faria a Estação Gávea mas voltou atrás. A Estação Gávea que será construída agora terá trilhos apenas para a Linha 4. Os cariocas desejam que ela seja construída em dois níveis para que outros trilhos possam fazer uma futura ligação com a Estação Uruguai, na Tijuca.

4) Estação Praça Nossa Senhora da Paz:
A praça é tombada mas o governo vai construir uma estação ali assim mesmo.

5) Metrô até a Alvorada:
Ligação entre o terminal da Alvorada e a Estação Jardim Oceânico será feita por ônibus, em vez de metrô, o que mantém os ônibus nas ruas e o trânsito pesado no bairro.

6) Erro na Construção de General Osório:
A Estação General Osório foi feita para receber trens de apenas uma linha. Caso essa linha seguisse em frente (em direção a Praça Nossa Senhora da Paz) seria preciso desapropriar três edifícios do bairro. Como o governo não quer desapropriar na Zona Sul (ele desapropria na Zona Oeste para a construção de corredores de ônibus), a solução encontrada é que os usuários do metrô desçam do trem, caminhem por baixo de terra e continuem a viagem na chamada "Estação General Osório 2". É uma bizarra baldeação para a mesma linha.

7) Linha 2:
A junção de trens da Linha 2 na Linha 1 na chamada Linha 1A ainda causa polêmica. Especialistas e cariocas defendem a volta do projeto original que prevê a conclusão da Linha 2 com a Estação Catumbi, Estação Praça da Cruz Vermelha e Estação Carioca, com opção para seguir até a Estação Praça XV.

8) Estação Uruguai:
A Estação Uruguai está em construção mas não há divulgação de fotos, nem de dados da obra. Tudo que se sabe é que ela ficará pronta em 2014. O Governo Sérgio Cabral quer direcionar seus trilhos para seguir até o Méier, na extensão do linhão. No entanto, moradores e especialistas defendem que uma ligação entre Uruguai e Gávea seja feita por baixo do maciço da Tijuca para fechar o anel da Linha 1, que passaria a ser circular. A Estação Uruguai poderia ganhar um segundo nível de trens indo para o Andaraí e o Méier. Até um terceiro nível poderia ser construído com trens indo para Muda e Usina.

sábado, 14 de abril de 2012

História dos Bondes no Rio

O traçado das linhas de bondes do Rio de Janeiro foi desenhado em 1872, quando ainda se utilizavam bondes com tração animal.

O sistema de bondes do Rio de Janeiro começou a funcionar em 1892. Em 1896, foi criada a linha Carioca - Sante Teresa.

Em 1962, a Light, que administrava os bondes, passou esta gestão ao município, que passou a cuidar de 600 bondes para o governo do Estado da Guanabara.

Em 1968, o Estado da Guanabara decidiu extinguir o serviço em quase todos os bairros. A única exceção foi Sante Teresa.

Os bondes atravessavam a cidade: Centro, Leopoldina, Zona Sul, Zona Norte e Zona Oeste recebiam as linhas do sistema. Diversos bairros contavam com garagens e centros de manutenção para os bondes da cidade.

Em 1983, este símbolo da cidade foi tombado pelo INEPAC.

Nos anos 90, barcas, metrôs e trens foram privatizados mas os bondes continuaram sob o governo do Estado do Rio de Janero.

Alguns bairros pequenos, como Horto, Leme e Urca poderiam ter linhas de bonde se conectando com outros modais de transporte da cidade.

sábado, 7 de abril de 2012

Assessoria do Governo Tira Dúvidas sobre a Linha 4

Andréa Uchôa, assessora de imprensa da FSB, que atende ao Consórcio Rio Barra S. A. respondeu as dúvidas do blog sobre a futura Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro.

Confira perguntas e respostas abaixo:

Blog: A Estação Gávea será construída em um ou dois níveis?
Desde o início dos estudos que levaram à decisão de priorizar a ligação da Linha 4 com a Linha 1 na Estação General Osório, foi estabelecido pelo Governo do Estado, como premissa obrigatória, que o projeto da Estação Gávea não poderia criar dificuldades para sua futura ligação com o leque de estações da Linha 1. Com este objetivo, o Governo do Estado realizou simulações construtivas e de operação. A conclusão destes estudos é que a construção da Estação Gávea em apenas um nível não dificultaria, de forma alguma, a opção de se construir no futuro uma expansão da Linha
4 em direção ao Centro da cidade, via a garganta do Humaitá, ou em direção à Estação Uruguai, atravessando-se o maciço da Tijuca, ou ainda para Botafogo. Isto ocorre pois após a Estação Gávea, o túnel de via encontrará novamente o maciço rochoso, que facilitará qualquer opção construtiva que dê flexibilidade para expansões futuras. Dessa maneira, tendo em vista os motivos elencados, foi selecionada a alternativa de construir a Estação Gávea em um só nível, o que trará menos impactos à região afetada e uma redução de custos significativa, sem, contudo, prejudicar a performance do sistema. Cabe ressaltar que o modelo operacional estudado e simulado foi elaborado de forma sistêmica, ou seja, para a rede composta pelas Linhas 1, 2 e 4, e os seus resultados foram muito positivos, não apresentando nenhum sinal de gargalo em sua operação. O sistema de sinalização que será utilizado na Linha 4 permite headways (intervalos entre trens) seguros de até 90 segundos, caso necessário. No momento em que o sistema metroviário se expandir a partir da Estação Gávea, a infraestrututura concebida estará apta a atender este novo cenário, garantindo o nível de conforto ao usuário.

Blog: Haverá possibilidade para um futuro governo estender a Linha 4 além da Estação Jardim Oceânico?
Sim. A Estação Jardim Oceânico foi planejada e já está sendo construída com 200 metros de túnel à frente, em direção ao Terminal Alvorada, pronta para futuras ligações. Compreendendo a importância da expansão do sistema metroviário da cidade do Rio, o Governo do Estado priorizou o traçado que, de acordo com os estudos de demanda, melhor atende à população. A iniciativa do governo atual tira a cidade da inércia na área de transporte e deixa um legado para os próximos governos. É preciso lembrar que a linha 4 do metrô é um antigo sonho da população carioca, sendo que esta é a primeira vez em que o Governo do Estado investe pesado para tirá-lo do papel. Entre 1998, ano em que foram entregues sete estações, e 2009, inauguração da General Osório, a linha metroviária da cidade do Rio caminhou apenas 2.750 metros. Uma média de 250 metros por ano. Nos seis anos de construção da Linha 4, a média de metros percorridos é 10 vezes maior que a feita por outros governos em mais de uma década. Com 15 quilômetros de extensão, a nova linha, é o maior investimento do estado em transporte público e promete beneficiar, já em 2016, cerca de 300 mil passageiros por dia, além de retirar das ruas mais de 2 mil carros por hora/pico.

Blog: Por que não fazer a Estação Praça Nossa Senhora da Paz mais profunda para não precisar arrancar as árvores da praça?
A remoção das árvores ocorrerá nas áreas destinadas às escavações da estação, sendo retirado o mínimo de árvores possível para não intervir na dinâmica do ecossistema local. Ao contrário do túnel que será escavado, desde o começo, por debaixo da terra, as estações começarão pela superfície. Por isso, a construção delas não se trata de profundidade, mas do método de construção. O chamado Cut and Cover, escava a superfície do solo e constrói as paredes laterais e a laje de concreto (teto) da estação. Após esse período, as escavações continuam por baixo da laje e 60% da praça é devolvida à população. Em dezembro de 2015 toda a praça será devolvida à população. Além disso, o traçado escolhido não passa por baixo de nenhum edifício. Ele sai sob o leito das ruas Barão da Torre e Visconde de Pirajá e chega na Estação Nossa Senhora da Paz na diagonal da Praça. Essa escolha possibilitou poupar árvores do entorno da Praça e proteger a Igreja Nossa Senhora da Paz, patrimônio do bairro de Ipanema. De acordo com levantamento feito por botânicos, existem 309 árvores e arbustos na área de lazer. Destes, serão removidos 113 da área interna da praça. Cem exemplares serão retirados com as raízes e mantidos por 15 meses em um horto até poderem retornar à praça para serem replantados. As 13 arvores são da espécime figueira, que não permite o replantio. Por isso, serão plantadas novas.

Blog: Não é um tanto estranho o passageiro que quer ir até a Barra desembarcar em General Osório e pegar outro metrô na mesma estação para seguir em frente? É uma baldeação para continuar em linha reta, na mesma direção.
Entre as Linhas 1 e 4 não existirá baldeação. Só haverá troca de trens entre passageiros das linhas 2 e 4. Aos passageiros da Linha 2, que hoje fazem baldeação entre as estações Central e Botafogo para acessar as demais estações da Linha 1, poderão fazê-lo até a General Osório para acessar as estações da linha 4. Com a nova linha será possível ir da Pavuna direto para Ipanema e da Tijuca para a Barra, sem transbordo.

Blog: Foi noticiado recentemente que o Governo vai estudar construir o trecho Botafogo - Largo dos Leões - Humaitá - Jardim Botânico - Gávea do metrô em 2014. O que há de concreto sobre isso?
As estações Jardim Oceânico e Gávea foram planejadas para futuras expansões. Agora, o Governo do Estado tomou a decisão de iniciar os estudos para realizar uma licitação para contratação do projeto básico de expansão do trecho Gávea-Centro. Esses estudos já estão em andamento.

Blog: Sobre a Estação Uruguai, ela está sendo construída para ser ligada à Estação Gávea? Há fotos das obras na Estação Uruguai?
A estação Uruguai está sendo construída pela Concessionária MetroRio de forma a permitir a futura ampliação da rede. Mais informações sobre esta obra podem ser obtidas diretamente com a concessionária.