Cláudio Castro Assina Documento para Retomada das Obras da Estação Gávea

Em 02 de outubro de 2024, o Governador Cláudio Castro assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que permite a retomada das obras da Estação Gávea. O mandachuva garantiu que as obras recomeçam antes do final do ano.

Leia mais sobre a Estação Gávea aqui.

O que Diz o Termo de Ajustamento de Conduta?

A concessionária Metrô Rio se comprometeu a investir R$ 600 milhões que caberiam ao consórcio construtor Rio-Barra. A contrapartida da Metrô Rio e a extensão do seu contrato de concessão por mais dez anos. Já o Governo Estadual terá que investir R$ 97 milhões.

Além da construção da Estação Gávea (incluindo a instalação de trilhos, bilheterias, tubulações de água e energia, luz, entre outros), cerca de 40 metros de túnel entre a Estação Gávea e o túnel que liga a Gávea a São Conrado precisa ser concluído.

Os acabamentos também são necessários como a instalação das aduelas no túnel após a retirada de toda aquela água do túnel metroviário.

TCE Aprovou TAC

A assinatura do TAC veio depois que o Tribunal de Contas do Estado aprovara este acordo.

Trecho Leblon - Gávea e Tatuzão Seguirão Abandonados

Como publicado aqui em maio de 2024, para ser ir do Leblon à Gávea ou vice-versa, será necessário ir primeiro a São Conrado.  Totalmente absurdo!

O TAC prevê apenas uma solução temporária para a Estação Gávea. O túnel entre os bairros do Leblon e da Gávea, com cerca de 1,2 quilômetros de cumprimento, não será escavado. Isto quer dizer que o tatuzão permanecerá desligado.

Em outras palavras, do Leblon para a Gávea será necessário primeiro chegar à Estação São Conrado, desembarcar, trocar de trem e aí, sim, chegar à Estação Gávea. Ou seja, em muitos momentos do dia, o passageiro poderá chegar mais rápido de ônibus do que de metrô ao seu destino. O mesmo vale para quem vai da Gávea para o Leblon.

Dinheiro da Corrupção Sumido

A paralisação das obras da chamada Linha 4 se deu porque roubaram cerca de R$ 3 bilhões em superfaturamento e desvios de verba. A demora na retomada das obras da Estação Gávea se deu porque o Ministério Público Estadual e o TCE exigiam a devolução deste dinheiro. Com a assinatura do TAC, os cidadãos do Rio de Janeiro ficarão sem ver este dinheiro que poderia ser utilizado para outras obras do metrô.

Políticos Não Cansam de Fazer Gambiarras no Metrô do Rio de Janeiro

O Metrô Rio foi de exemplo de um sistema moderno, limpo e rápido para um sistema vergonhoso, sujo e infeficaz. Como? Com muitas gambiarras.

Botafogo era para ter três estações de metrô e ficou com uma. A obra da Estação Morro de São João está abandonada há pelo menos vinte anos.

Copacabana era para ter cinco estações, mas ficou com apenas três.

O que falar da Linha 2 que nunca chegou ao seu destino final? Nem numa ponta, nem na outra.

Da Linha 4 fizeram apenas duas estações e dizem que as novas da Linha 1 são da Linha 4.

Os políticos colocaram até os trens da Linha 2 por onde deveriam circular apenas as composições da Linha 1.

E não para por aí. Lembra que temos duas estações General Osório? Uma não é mais utilizada apesar de ser nova. A Estação Estácio também só se usa metade dela, assim como a Estação Carioca. Na relação de estações parcialmente construídas, mas não concluídas ou utilizadas ainda temos a Estação Morro de São João e a Estação Praça da Cruz Vermelha. A elas, se juntará em alguns anos a Estação Gávea.

Outra gambiarra foram ter construído a Estação Uruguai fora de sua localização projetada, à Rua Uruguai. Ela foi construída onde funcionava o pátio de manobras da Linha 1 na Zona Norte.

A consequência de todos estes erros com fins políticos foi a redução da capacidade metrovária fluminense em cerca de 80%