terça-feira, 11 de agosto de 2015

Linha 3 Volta a Ser Metrô

Em Junho, o Governo Estadual voltou atrás e anunciou que a Linha 3 será feita de metrô. Nada de monotrilho ou corredor de ônibus. Um novo estudo será feito para a implementação do metrô e o Governo Federal se comprometeu a emprestar dinheiro para o Estado realizar a obra.

Peraí! Novo estudo? O estudo é o mesmo desde os anos 60 mas o Governo insiste em estudar. Quem está cobrando por estes estudos?

As Estações seriam: Praça Araribóia, Jansen de Mello, Barreto, Neves, Vila Laje, Paraíso, Parada Quarenta, Zé Garoto, Mauá, Antonina, Nova Cidade, Alcântara, Jardim Catarina, Guaxindiba, Itambi e Visconde de Itaboraí.

34 comentários:

  1. Um lampejo de bom senso vindo desse governo ?? Uma coisa que não se vê todo dia

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    1. O Governo Estadual está quebrado e diz que depende de verba Federal. Só que o Governo Federal também está quebrado.

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  3. mas o PT tem muito $$...

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  4. Mas o governo federal tempos atras já não tinga liberado verba?

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    1. Liberou poucos milhões de Reais. Não dá nem para o começo.

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  5. Mas o Governo Federal já tinha liberado esse dinheiro antes ,agora novamente????

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  6. Eu estava escrevendo sobre isso o ano passado, eles rerererere-estudam para atrasar a obra:
    http://lauaxiliar.blogspot.com.br/2014/11/o-metro-de-niteroi-em-2008-e-hoje.html.
    Se quisessem mesmo fazer tinham abaixado o custo da obra adotando um técnica de contrução semelhante a da linha 2 e tava tudo pronto.

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    1. Victor, não é bem assim. Se fosse como a Linha 2, esta linha férrea bloquearia diversas ruas e avenidas de Niterói e São Gonçalo. O trânsito todo teria que ser modificado. Por isso foi feito o projeto em elevado.

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    2. Miguel, a linha 2 inicialmente bloqueava várias ruas, conforme a demanda foi aumentando algumas estações no trecho foram elevadas para eliminar cruzamentos em nível existentes no pré metrô.
      É mais fácil e barato fazer os viadutos rodoviários conforme a demanda do que elevar o leito ferroviário devido a tolerância a rampas mais pesadas e menor peso a ser sustentado.

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    3. Outra coisa é que o tráfego rodoviário da região já é um caos, seria muito melhor dar prioridade ao metrô e depois reconfigurar o tráfego do que moldar o metrô em função do fluxo rodoviário.

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    4. Victor, a melhor opção é o metro subterrâneo. A opção mais barata é o metrô de superfície. Um meio termo é o metrô em elevado. Não lembro de ter visto metrô de superfície em nenhum lugar do mundo, só a Linha 2 do Rio. Posso estar errado mas sinceramente não lembro.

      O metrô quando não é subterrâneo causa alguns desconfortos: poluição sonora e visual; expõe passageiros a chuva, sol, calor e frio, etc.

      No caso do metrô por superfície, ele é pior. Ele divide bairros (vide os bairros divididos da Supervia e nossa Linha 2), cria favelas ao longo do caminho e tem o problema que já comentei de refazer todo o tráfego de veículos na região.

      O custo de sustentar os trilhos e estações é bem mais baixo do que construir o metrô subterrâneo, além de evitar em muitos casos as desapropriações de se fazer o metrô de superfície.

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    5. Priorizar o metrõ em áreas tráfico denso eu apoio. Não posso apoiar toda a mudança que você enxerga de se mudar o trânsito do Centro de Niterói; toda São Gonçalo; e Itaboraí.

      O trânsito rodoviário não é ruim. Ele só não pode ser tratado como prioritário.

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    6. Miguel, infelizmente não é tão simples como a aplicação direta da escala de preço x qualidade, não existe uma "melhor opção" pronta para todos os casos, sempre se deve avaliar numa ótica de custo/benefício detalhes que afetam cada obra.
      No Brasil Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte possuem metrôs em nível, nos EUA são dezenas notadamente Portland, Chicago e no nordeste as linhas da SEPTA, MTA e NJT.
      Lá fora o normal é que os sistemas metroviários usem combinações de trechos elevados, em nível, subterrâneos, em trincheira e até mesmo na rua! A diferença deles para nós é que eles ajustam a característica técnica em função do investimento a ser realizado, no Brasil temos a cultura de primeiro definir o que vamos construir para depois verificar SE ATENDE AO OBJETIVO INICIAL, BASTA VER O EXEMPLO DOS CORREDORES DE ônibus E DA PRÓPRIA LINHA 3 que quase virou um BRT sem haver nenhum estudo mínimo de capacidade ou o VLT de Macaé onde primeiro se comprou os trens para depois pensar na verba das estações.
      Seria impensável por exemplo construir em nível a linha 1 do rio, mas as linhas 2 e 3 usam faixas de ferrovias originalmente em nível, com bairros que já tinham ajustado seu desenvolvimento em função disso.Na linha 3 é totalmente inviável a opção subterrânea por conta do solo pantanoso da região, o solo dali não admite construção em mix shield (tatuzão), então seria necessário o uso de trincheira como as da linha 1 que para a escavação precisam de desapropriações talvez maiores do que a linha em nível ou em elevado.
      Proteção do passageiros contra os elementos do tempo qualquer infra-estrutura descente deve oferecer, mesmo um metrô subterrâneo pode se mal feito e expor seus passageiros a falta de ventilação, mau odor (Paris!), falta de abrigos nos acessos...
      Toda alteração no espaço urbano causa algum tipo de incômodo, linhas em elevado trazem poluição sonora e visual tão grandes ou até maiores que em nível, tem a vantagem óbvia de permitir a livre circulação sob o vão elevado, mas desvalorizam as áreas ao seu redor pelo efeito sombra e sem o preparo do espaço urbano induzem a favelização, temos exemplos desses na perimetral, no minhocão em SP e na linha 2 no trecho elevado de Triagem. A proposta atual para Niterói contemplava verba para 23Km de arruamentos, uma avenida inteira ao longo de toda extensão elevada da linha 3 desapropriando imóveis lindeiros numa faixa muito maior que a de uso do metrô propriamente dito.
      No caso da linha 3 a situação é terrível, a faixa de servidão da ferrovia existente foi totalmente invadida, deixando apenas o leito propriamente dito o que dá em média 2m de largura, mesmo que se faça a linha em elevado o tabuleiro avançará sobre os imóveis vizinhos gerando a necessidade de desapropriação do mesmo número de imóveis que a construção em nível, cortando a verba e as desapropriações do arruamento surgirá um favelão sob os pilares.

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    7. Em 2000 eu já acompanhava as discussões sobre o destino do ramal de Niterói da Flumitrens, naquela época a recomendação era de recuperar a linha com as caraterísticas existentes e se implantar o VLT. O VLT não era ótimo mas era bom o suficiente para manter a faixa de domínio preservada e prestar algum serviço para a população até que se conseguisse converter a linha em metrô, se discutiu se discutiu se discutiu em busca de uma solução ótima, o tempo passou o entorno se degradou e hoje seja qual for a alternativa a ser adotada ficou difícil fazer a obra.
      Mesmo que se decida mesmo fazer a linha em elevado, tem que se observar que este não pode ser feito para trens leves, pois assim não poderia receber trens robustos de um metrô pesado numa ampliação futura, linhas em nível ou suterrâneas não sofrem desse mal pois o peso é assentado no solo.
      Te garanto que até pela ótica de movimentação rodoviária, desde que os eixos rodoviários principais se transponham por viadutos ou mesmo passagens de nível, é melhor um trem de subúrbio, metrô em nível ou VLT para agora do que esperar mais 5-10 anos de degragação da faixa de domínio para construir com o padrão técnico ótimo. Só deixo a ressalva de que seja lá o que for que fizerem façam de forma a permitir a ampliação futura.

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    8. Victor,

      Você está correto quando fala em custo benefício. O melhor é sempre o metrô subterrâneo. No entanto ele é muito mais caro. Normalmente, prioríza-se as áreas nobres da cidade com metrô subterrâneo e utilíza-se o metrô em superfície ou elevado nas perfiferias.

      Realmente já andei no metrô de Recife e ele é em nível. Na maioria dos casos, como você mesmo falou ele acompanha as linhas férreas, que teoricamente, vão a distâncias mais longínquas. No entanto, Niterói e São Gonçalo desativou sua linha férrea e estações.

      O metrô subterrâneo de Paris não foi mal feito. Ele foi feito de acordo com a tecnologia do início do Século XX para a população daquela época. Mal feito é o nosso metrô.

      O custo de você fazer o metrô em nível reordenando todo o trânsito de Niterói e São Gonçalo deve ser o mesmo ou maior do que fazer o metrô de uma vez em elevado. Lembrando que o projeto da Linha 3 começa em elevado e em seu fim já é em nível.

      Infelizmente, os Governos priorizaram o transporte rodoviário por décadas. Modificar isso agora gera custos e transtornos.

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    9. Victor, ainda defendo que a Linha 2 chegue por subterrâneo até a Praça Araribóia. A partir dalí, é preciso fazer estudos atualizados do que seria melhor.

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  7. E quanto as interferências ?????construções no caminho ,vai ser de superfície ou subterrâneo????

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  8. Pois é Miguel, aí é que está o verdadeiro problema lá do início da postagem, o estado não fez os projetos de detalhamento do metrô (em elevado mesmo) para verificar qual é o gasto real de cada alternativa, nós independentemente da alternativa preferida não podemos afirmar quanto cada uma vai custar.
    Até agora tudo está na base do "achamos" e pior da mesma forma que falamos aqui sem número nenhum os caras que são responsáveis pela obra fazem igual, Se tivesse o projeto detalhado ao invés de ficar se re-discutindo eternamente o conceitual, hoje já daria para afirmar com certeza o que é melhor.
    Linha elevada em 2008
    http://lauaxiliar.blogspot.com.br/2014/11/o-metro-de-niteroi-em-2008-e-hoje.html
    Linha elevada e monotrilho no youtube:
    http://lauaxiliar.blogspot.com.br/2015/01/metro-rj-linha-3-niteroi-sao-goncalo.html
    proposta do CREA de CONSTRUIR UM PROJETO SIMPLIFICADO PARA SER MELHORADO DEPOIS (VLT):
    http://lauaxiliar.blogspot.com.br/2015/01/metro-rj-linha-3-niteroi-sao-goncalo.html
    A propósito o metrô do rio não é "mal feito" ele pode ser pequeno mas foi o primeiro metrô do mundo em área tropical ao nível do mar, não custou nenhum absurdo em termos de preço de construção para esse tipo de obra (exceção no Brasil). Isso não é pouca coisa, é um prodígio de engenharia comparável a Itaipú ou a ponte rio Niterói.
    Os relatórios de 1968 a 1979 sobre o projeto e o livro do Hélio Suevo sobre a história das ferrovias fluminenses mostram isso.

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    1. Victor, estas apresentações da Linha 3 já foram divulgadas neste blog. Este projeto da Linha 3 do começo dos anos 2000 foi da Governadora Rosinha Garotinho. Ele foi o primeiro detalhamento produzido após o projeto original de 1968. No entanto, por falta de recursos e vontade política o projeto não foi adiante. Ele serve de base para os Governadores ainda dizerem que vão construir a tal linha.

      Prodígio de engenharia que faliu o estado do Rio de Janeiro e que não concluiu quase nada de seu projeto original???? Enlouqueceu?

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    2. Miguel,
      O estado do RJ não contraiu nenhuma dívida para a construção da linha 1, até o início da década de 90 o Metrô RJ era federal e foi utilizado dinheiro federal na obra, manutenção e operação. mesmo a linha 2 teve dinheiro federal durante toda sua fase de pré metrô. A apresentação é um conceitual, não existe projeto de detalhamento da obra, projetos de detalhamento informam por exemplo a quantidade de terra a ser movimentada o volume de concreto o preço dos trilhos e por aí vai. ne mesmo o projeto básico especificando o tipo de material a ser utilizado as características dos equipamentos as normas técnicas a serem seguidas, nem isso foi feito.

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    3. Este é o primeiro projeto com alguma descrição com algum detalhamento da obra. Não tivemos mais nenhum detalhe, pois nenhuma licitação de estudo ou de obra foi adiante. Para que estudar os custos de concreto ou trilhos de 2000, se os preços hoje são outros e os métodos construtivos evoluíram neste período de 15 anos?

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  9. Falar que foi prodígio chega a ser cômico, prodígio foi o Eurotúnel .
    Fazer a linha 3 vai ser melhor que o Brt independente do tipo .
    E esta linha não era pra se conectar a estação carioca????

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    1. Thiago: prodígio é piada mesmo. O Governo contraiu dívida externa para a obra do metrô e não concluiu nem um quinto do que estava planejado....

      Como já divulguei em posts anteriores, a idéia original é que a Linha 2 saísse da Pavuna e fosse até São Gonçalo. Posteriormente esta linha foi ampliada para sair de Belford Roxo e ir até Itaboraí. Mais recentemente, o que passaram a chamar de Linha 3 foi dividida em três lotes, sendo que o lote 1 seria a construção do metrô entre São Gonçalo e Niterói.

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    2. Sobre os empréstimos tomados foi recebido o valor aplicado ao trecho construído e não ao trecho planejado, ou seja não foi gasto o volume de recursos previsto para todo o plano de metrô só na parte construída, o custo por Km construído ficou adequado, se foi tomado empréstimo no exterior é porque o país não tinha recurso e não porque a obra estava muito acima do planejado.
      Piada é não saber separar a frustração pelo que deixou de ser feito e desfazer do mérito do que foi construído, essa eterna mania de subvalorizar o que é nacional. O eurotúnel é uma das maravilhas do mundo moderno, mas queria ver os franceses construírem o eurotúnel com os mesmos recursos a conta gotas que o transporte recebe aqui.

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    3. A obra realizada foi bem feita sob terra. No entanto causou grandes transtornos à população. A demora nas obras deixou durante anos ruas da Tijuca e Botafogo abandonadas. O comércio sofreu, havia proliferação de ratos e falta de serviços básicos da cidade e a dificuldade em chegar de carro em casa.

      A Estação Carioca foi abandonada na metade, assim como tantas outras que nem saíram do papel. Em 1979 éramos para ter o trecho Uruguai - General Osório concluídos e nem isso foi feito. A Estação Maracanã era para ter sido interligada com os trens, algo que só foi concluído em 2014.

      Os empréstimos faliram o que viria a ser o futuro estado do Rio de Janeiro e não concluíram nem um quinto do que estava previsto. Se você quer fazer uma obra na tua casa e não tem dinheiro para tal, você faz a obra assim mesmo ou você se planeja melhor para fazer a obra quando puder? Ou faz uma obra menor dentro dos seus limites?

      As técnicas de engenharia utilizadas também já eram ultrapassadas. Nos anos 70, tatuzões já eram comuns em qualquer grande cidade do mundo.

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  10. Miguel,
    Supunha que eu faça uma obra na minha casa, o pedreiro foi lá e construiu o que pedi mas eu dei um calote. Você vai dizer que é o serviço do pedreiro que está errado? Afirmar que o metrô do rio é tecnicamente ruim é botar a culpa no pedreiro (engenharia) ao invés do mal administrador (o estado).
    A demora das obras foram terríveis, mas pelo simples fato de que a obra parava por total falta de recursos e não porque a técnica de construção seja a errada, mesmo se fosse um tatuzão pararia. Na década de 70 se usava tatuzão, mas o solo do metrô do rio por ser um grande pântano aterrado não permitia isso, a linha 4 que deveria pegar um leito rochoso ainda tem problemas por causa disso tanto que é necessário injetar concreto para endurecer os bolsões de solo mole antes da perfuratriz avançar caso o contrário a máquina atola, como atolou várias vezes. Em Nova York um dos túneis sob a água para Mahatan foi feito recentemente usando trincheira por causa disso.
    Em relação aos empréstimos cabe um esclarecimento, o valor tomado para financiamento não é liberado de uma vez só mas de acordo com as etapas da obra, mesmo que se tenha feito um empréstimo para todo o sistema de metrô planejado só foi liberado o dinheiro para a parte que foi iniciada a construção, a verba do lote 29 por exemplo nunca foi empenhada.

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    1. Victor, sua casa é só sua e você será o único a sofrer as conseqüências. A obra dos túneis, das estações foi boa. No entanto, sacrificou o estado. O estado não é apenas metrô e nem apenas a cidade do Rio de Janeiro. É transporte no interior, é saneamento básico, é saúde, educação, segurança, etc. O Rio ficou quebrado por anos por causa disso. Em relação ao método de escavação, basta cavar mais fundo que o solo fica mais firme e fácil de ser escavado.

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